Tenho um pé de carambola no quintal que dá o ano inteiro. Tenho orgulho deste quintal com sete tipos diferentes de frutas. Custou pra crescer neste solo desértico da Amazônia. Desértico sim, infelizmente, o solo daqui quando se tira a floresta nativa. Sobra nada quase, o sol escaldante, e as plantas teimosas da capoeira. Chegamos nesta terra a mata já havia sido tirada, nos sobrou o capoeiral. Depois de anos o capoeiral virou pomar e olho para sua abundância com uma surpresa constante. Redenção é possÃvel para a terra também. Mas só existe um certo número de coisas que se pode fazer com carambola. Dá pra fazer suco, doce, geléia, com um certo...
Read MoreQuando chega a quinta-feira, dia da única reunião pública do campus, Bob é sempre o primeiro que vejo sentado na quadra de basquete. Ele é alto magro e desengonçado, usa o cabelo cortado curto e um bigode aparado. Bob mora na rua. Muitos já tentaram trazê-lo ao abrigo do governo mas ele não parece se importar com não ter teto. Bob dança na adoração como uma criança. Balança os longos braços de uma lado para o outro como asas, flutua como uma garça acima das intempéries, usa a lucidez, não sei se plena ou fugaz, para entender as mensagens e comentá-las depois com todos que se dignam a lhe dar ouvidos. Num lugar como este onde vivo, um caleidoscópio...
Read MoreDe como os evangélicos vão ficando cada vez menos humanos e trabalham sem saber para a desevangelização do Brasil Satanizaram o Natal. Me parece até surreal quando vou a igrejas, e a sites evangélicos, e não se faz nem uma referência ao Natal sequer, nem se tem um culto de celebração dia 24, ou 25 parte da tradição cristã há tantos séculos. Às vezes não acredito, me belisco, penso, não, esta doença vai passar, mas que nada, se alastra mais e mais. Mesmo os cristãos que contra a corrente mandam seus cartõezinhos, se sentem no dever de nos exortar contra o comercialismo, contra os presentes, no meio de votos tÃmidos de felicidade e feliz ano novo....
Read MoreSentamos na sala de espera depois de atravessar duas portas pesadÃssimas, uma de grade, outra de madeira com ferrolhos do século passado. Tudo simples, paredes caiadas, mas com aquele quê de arquitetura barroca, aquele lastro de arte pré-renascentista, renascentista, gótica, neo-clássica, contemporânea e por aà vai, ao qual não estamos acostumados em nossa artisticamente pobre cultura protestante. Sentamos num sofá grande puÃdo do tempo dos muitos traseiros que se sentaram ali na mesma expectativa. Como seria o dom? Seria um dom ou um Dom? Muitos de vocês leitores talvez já conheçam dons, mas para mim era a primeira vez. Fui católica na infância, era...
Read MoreUma jornada no “campo masculino” entre Henris, Zés e Déboras Como homens estatÃsticamente lêem menos que mulheres, (o que será que é isto? Estão contando rótulos de produtos do supermercado, listas de compras, ou será que fazemos melhor uso do pouquÃssimo tempo que temos?) com um tÃtulo destes estaremos totalmente à vontade aqui para fofocarmos no nosso clube da Luluzinha. Estou começando agora a exercer uma liderança nacional para a missão e me sinto engatinhando em um terreno quase que totalmente masculino. É uma sensação estranha, é como estar fora de seu paÃs tentando falar uma lÃngua estrangeira, ou estar como uma criança nadando...
Read MoreA questão parceria ou auto-suficiência vai além do aspecto teológico. Chega até à nossa cosmovisão, ao nosso universo conceitual. O que é igreja para nós? Este discurso é muito comum na igreja brasileira. Se você quer saber mais sobre este assunto leia este artigo. Ele vai te ajudar a entender melhor o corpo de Cristo e a relação missão/igreja local… SOBRE A NECESSIDADE DE SE REINVENTAR A RODA O tema: “parceria com agências missionárias†X “igrejas auto-suficientes†tem sido intensamente debatido no Brasil, mas parece que não necessariamente entendido ou resolvido. Muitos pastores e missionários, ora ouvindo um lado, ora ao outro rezam...
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