Posted by Braulia Ribeiro on 3 03UTC fevereiro 03UTC 2008 | 31 comments
Sentamos na sala de espera depois de atravessar duas portas pesadÃssimas, uma de grade, outra de madeira com ferrolhos do século passado. Tudo simples, paredes caiadas, mas com aquele quê de arquitetura barroca, aquele lastro de arte pré-renascentista, renascentista, gótica, neo-clássica, contemporânea e por aà vai, ao qual não estamos acostumados em nossa artisticamente pobre cultura protestante.
Sentamos num sofá grande puÃdo do tempo dos muitos traseiros que se sentaram ali na mesma expectativa. Como seria o dom? Seria um dom ou um Dom? Muitos de vocês leitores talvez já conheçam dons, mas para mim era a primeira vez. Fui católica na infância, era freqüentadora de missas por imposição da minha famÃlia, fiz catecismo com as freirinhas. E minha sensação era sempre a mesma, seja na igreja simples que o padre construiu no bairro de favela onde morávamos, com um cristo negro meio tosco que nos olhava mÃope de uma cruz na lateral da nave, ou no convento onde ia para o catecismo, com um quintal grande de árvores ancestrais, as casinhas das freiras caiadas no fundo, a sala de catecismo nua cheia de carteiras velhas. Minha sensação sempre era a de estar em um lugar onde na verdade não deveria estar. Era a de estar xeretando nos afazeres de um Deus que não me conhecia e não me queria por perto, mas que era Ãntimo dos padres belgas e de suas freiras de mãos frias.
Me lembrei desta infância distante, sentada ali esperando o Dom. Outros expectantes de Dom estavam sentados ao nosso lado, eu estava ali com meu marido o que me dava uma segurança e de certa forma segurava a corda para que eu não caÃsse de vez no fosso profundo das recordações da infância. Os outros eram os mais diferente tipos. Um casal que não se falava e parecia afoito por algum tipo de resposta ou informação oculta no escritório no dom. Um homem meio gordo, com uma expressão de desânimo, uma mulher solÃcita de verde que sorria de vez em quando.
As secretárias na sala vizinha conversavam sem parar conversas frÃvolas num burburinho que não combinava com o clima meditativo em que eu queria entrar. Afinal irÃamos falar com o Dom, rompendo uma barreira de quase quinhentos anos desde a reforma protestante, tentando construir uma ponte sobre as ruÃnas há muito desaparecidas, achando pontos de referência mútuos de entre as estranhezas dos dois mundos. Era um momento que exigia reflexão e respeito. As secretárias no entanto totalmente indiferentes a nossa compenetração se atarefavam com rotinas, água mineral que se acabou copo descartável em falta, outros esperadores de dom que entravam e saÃam.
Tentei ler alguma das muitas revistas espalhadas na mesinha de frente ao sofá. Algumas “normaisâ€, Istoé, Época, Caras não, graças a Deus, o que me deu uma sensação de respeito maior ainda pelo dom. Não tem Caras na sala de espera dele não, já era um elogio que eu podia espalhar por aÃ. As revista estavam velhas claro, mas não tanto. Tinha Porantim, um jornal favorável à causa indÃgena publicado pelo CIMI, braço católico missionário entre os Ãndios, uma espécie de jesuÃtas à s avessas, que lutam politicamente mas são contra a evangelização. Meu marido me cobrou logo. -Não vai ler o Porantim não? Mas eu já tinha folheado, e visto que aquela manhã não estava muito indÃgena, queria mais era ver o dom.
Aà foi demorando demais a coisa. Os expectantes ao nosso lado foram entrando e saindo lépidos. Me agarrei numa Época, entrando bem dentro dela, acho que de medo de que chegasse a nossa vez. O sofá de couro envelhecido, e a imagem de São Cristóvão na frente não me incomodavam. O que dirÃamos ao Dom? O que estávamos fazendo ali? Será que irÃamos com uma visita desfazer todo o trabalho de Lutero, manchando com uma aliança espúria o trabalho de tantos homens de Deus e o sangue de tantos mártires? Eu me senti querendo correr dali e do Dom. Estou me tornando ecumênica? Uma visita como esta vai me ligar irremediavelmente à idolatria de uma maneira que demônios idólatras me perseguirão, tornarão meu evangelho impuro e meu Jesus incapaz de salvar curar e libertar?
Ai, ai, vai chegar nossa vez, a Época velha está muito interessante, esta eu não li, não sabia que esta modelo estava de caso com aquele ator, nem que o polÃtico fulano tem uma aliança agora com aquele que ele espinafrava tanto em público.
A mulher solÃcita de verde se aproximou, e nos adivinhando estranhos naquele ninho, inquietos e quem sabe exalando um pânico mudo, disse: – “Olha era a minha vez agora, mas eu passo pra vocês.†–Obrigadoâ€, dissemos ao mesmo tempo, esperando o momento. Aà passou o Dom cruzando o corredor para o lado do banheiro, sabÃamos que na volta ele nos chamaria. Só que os visitantes não paravam de chegar. Chegou mas um homem, todo sujo sentou-se e tinha um rosto de quem decididamente não iria ficar esperando a sua vez como qualquer pessoa comportada, iria entrar de qualquer jeito. Me inquietei com aquilo. Só falta esta agora, este cara só porquê é mendigo tem o rei na barriga, afinal não sou daqui mas não sou nenhum capacho, ele que espere sua vez como todo mundo.
Aà veio o Dom, fazendo como ele sempre tinha feito antes, vindo até a sala de espera e chamando os que estavam na vez. O homem recém-chegado se levantou e começou a falar sem parar, meio gago, meio falando super-errado de uns negócios que estava fazendo, e de como a vida estava dando certo para ele. O dom prestou atenção, lhe ouviu ali mesmo na sala de espera, tratando-o pelo nome, dizendo que bom, depois você vem me contar melhor. Não pareceu irritado, nem com pressa. Tratou-o como um bom camarada, mas também não nos deixou esperando. Nos encaminhou devagar para seu escritório.
Chegou rindo falando sobre o rapaz, de como ele sempre ia ali todo dia falar de sua vida. Sentamos e a conversa fluiu. Falamos da barreira que nos separa, e de como que apesar de todas nossas diferenças ainda cremos no mesmo Deus. Falamos de como estamos convictos de que uma ponte tem que ser construÃda e de que o EspÃrito Santo vai andar por ela. O Dom, com olhos cansados nos ouvia admirado como se não esperasse nunca um reconhecimento deste de nossa parte.
Aà abriu a boca e foi falando também de como vê a igreja como responsável pela sociedade de como juntos podemos fazer muita coisa para transforma-la, e de como lamenta pela falta de unidade entre os segmentos do corpo de Cristo. Falou de muitos evangélicos com uma propriedade e um respeito que nós mesmo não temos uns pelos outros, no final olhou sua agenda para marcar um segundo encontro. Nos mostrou a agendinha marcada a lápis, cheia de ações pela sociedade, gritos dos excluÃdos, uma campanha de moralização do poder polÃtico entre outras coisas. O governador tinha ido lá no dia anterior para pedir sua intermediação num problema que envolvia a população indÃgena e a construção de uma represa que estava secando os rios da reserva e deixando os Ãndios com fome. Com um sorriso triste ele nos contou que o governador tentou lhe vender a idéia de que as represas não causam tanto dano ambiental assim, mas ele o dom, e nós também sabÃamos que causava. Neste momento nós três respiramos fundo, num respiro assim de quem não é deste mundo e que quer ir logo pro céu porque não agüenta tanta injustiça.
Pensei na agenda de muitos pastores que conheço. Culto disto, culto daquilo, célula, como se a igreja vivesse fora da terra numa redoma artificial e religiosa. O que eles teriam pra falar com o governador? Pedidos, pedidos de terrenos, telhas, cimento, areia para construção de templos.
O Dom continuou a dizer que queria se encontrar conosco mas que com a agenda deste jeito estava difÃcil. Disse com voz embargada que se fôssemos fazer algum ato público de pedido de perdão, ele também pediria perdão em nome de toda a intolerância e indisposição da Igreja Católica de tratar com seu braço amputado há 486 anos atrás…
Naquela hora acreditei que existe uma reconciliação possÃvel. Acreditei que o Corpo é um, e que um dia cada um vai prestar conta de suas próprias idolatrias. Para alguns de nós, o dinheiro, grandes templos, nomes, tÃtulos. Para outros imagens, Marias, santos de todos os nomes e cores.
SaÃmos apertando a mão sólida do dom, que nesta hora não foi o Dom, mas um dom de Deus, do EspÃrito Santo, um dom humilde e honesto como qualquer Maria e José que conhecemos. E cremos juntos ali que, quem sabe, com fé nossa luta para implantar o reino d´Ele na terra será ainda mais intensa se trabalharmos juntos.
DOCUMENTOS > D. ESTÊVÃO BETTENCOURT
27 Razões para não ser católico – Por um anônimo
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, Osb
Nº 523, Ano 2006, p. 43
Em sÃntese: O presente artigo responde ao questionamento apresentado por um irmão protestante, que nada de novo diz. As respostas dadas ao irmão poderão ser úteis a quantos fiéis católicos se vêem assediados por objeções – à s vezes caluniosas – de irmãos separados.
Eis o que escreve o interlocutor anônimo:
1. “Ele me salvou”
“1. NÃO SOU UM CATÓLICO ROMANO, primeiramente porque Jesus Cristo salvou-me de meus pecados (Mt 1, 21), garantindo-me a remissão por Sua graça (Ef 1, 7), ao arrepender-me (Lc 13, 3; At 3, 19; 11.18) e crer em seu sacrifÃcio na Cruz do Calvário (At 20, 21; Rm 3, 26). Assim o Senhor me fez uma nova criatura (Jo 3, 3-6; 2 Co 5, 17; Ez 36, 26) e seu filho (Jo 1, 12; Rm 8, 14-17; 1 Jo 3, 1), para que hoje eu pudesse glorificá-lo através da minha vida e testemunhar aos outros acerca de tão grande salvação que me foi concedida pelo Filho de Deus (ver Gl 2, 20; Ef 2, 10; Hb 13, 15-16; 1Pd 2. 5, 9-10; Mc 16, 15; Rm 10, 13-15)”.
Nesta passagem chama-nos a atenção o caráter individualista da locução: as partÃculas “eu, me, a mim” voltam constantemente como se o Cristianismo fosse algo do foro privado. – Ora tal atitude é profundamente antibÃblica; sim, Jesus fala da “minha Igreja” com sua hierarquia (cf. Mt 16, 16-19; 18, 18). Ser cristão é ser membro do Corpo de Cristo Cabeça (cf. 1Cor 12, 12-21), é ser ramo do tronco de videira, que é Cristo (cf. Jo 15, 1-5).
O protestantismo põe de lado o sacramento da Igreja, fazendo do indivÃduo autor do seu Credo em consequência do princÃpio do livre exame da BÃblia. Esse subjetivismo redunda no relativismo que tanto caracteriza o pensamento contemporâneo.
2. Somente a Escritura
“2. NÃO SOU UM CATÓLICO ROMANO, porque creio na Suprema Autoridade das Escrituras, como única regra de fé e prática (Sl 19, 7-8; Sl 119, 105; ls 8, 20; Mt 22, 29; Lc 16, 29; Jo 5, 39; 10, 35; Jo 17, 17; Rm 15, 4; At 15, 15; 17, 11; 24, 14; 2Tm 2, 15; 3, 15-17; 2Pd 1, 19-21). Esta autoridade das Escrituras deriva de sua divina inspiração (2Tm 3, 16) e de sua revelação que “não foi dada por vontade humana” (2Pd 1, 21), o que lhe garante evidente proeminência”.
Os católicos também seguem a BÃblia, e a seguem mais fielmente do que seus irmãos protestantes. Sim, aceitam a BÃblia quando ela diz que nem tudo o que Jesus fez está consignado no Livro Sagrado; ver Jo 20, 30s; 21, 24s. A própria BÃblia manda seguir a mensagem transmitida por via oral (cf. 2Tm 2, 2) sem restrição que subordine a palavra oral à escrita. Como se compreende, não se trata de qualquer tradição, mas de Tradição divino-apostólica, que começa com Jesus e os Apóstolos. Sem o acompanhamento dessa Palavra oral, a BÃblia se torna um livro que os homens estraçalham, dele deduzindo as mais contraditórias e estranhas teorias, como acontece no Protestantismo dividido e subdividido por falta de um referencial na leitura das Escrituras. Tenha-se em vista, por exemplo, o seguinte conjunto de palavras sem pontuação (como era praxe entre os antigos):
RESSUSCITOU NÃO ESTà AQUI
Estas palavras podem ser lidas em dois sentidos:
RESSUSCITOU. NÃO ESTà AQUI.
RESSUSCITOU? NÃO! ESTà AQUI.
É o tom de voz ou a palavra oral que vai definir o significado da escrita.
Donde se vê que a BÃblia não pode ser lida independentemente da Tradição oral, que lhe é anterior, a berçou e a acompanha através dos séculos. Entende-se que, para distinguir das muitas tradições a autêntica Tradição, haja uma instância abalizada, que, no caso, é o magistério da Igreja, a quem Jesus prometeu sua assistência infalÃvel (cf. Mt 28, 19-20; 18, 18; Lc 22, 31s).
3. Calvário e Eucaristia
“3. NÃO SOU UM CATÓLICO ROMANO, porque eu creio na plena consumação do SacrifÃcio de Cristo. Isto significa dizer que eu creio que Cristo morreu pelos nossos pecados de uma vez por todas (1Cor 15, 3; 1Pd 2, 24; Hb 10, 10; cf. 9, 11-12); não sendo necessário (Hb 7, 27; 9, 26; 10, 14.18) e nem mesmo possÃvel (Hb 9, 27-28) renovar ou perpetuar este sacrifÃcio irrepetÃvel, segundo a pretensão a que se realizam as missas católicas”.
O irmão protestante tem razão ao lembrar que Cristo morreu uma vez por todas e já não pode morrer. Por isto a Missa não repete nem renova o sacrifÃcio do Calvário, mas o torna presente ou o perpetua. E isto, para que a Igreja ou os fiéis possam tomar parte na entrega de Cristo ao Pai. Ser cristão não é apenas seguir um Mestre, mas é comungar com a vida de Cristo Cabeça – o que se faz mediante os sacramentos, dos quais a Eucaristia é o principal. Foi assim que as gerações cristãs durante quinze séculos entenderam as palavras de Cristo, que na última ceia entregou aos discÃpulos o seu corpo e o seu sangue “para a remissão dos pecados”. Segundo o protestantismo, tal entendimento terá sido falso, de modo que só após Lutero no século XVI se entende corretamente a intenção de Jesus na última ceia. Ora dizer isto equivale a acusar o Senhor de haver esquecido a sua Igreja a quem prometeu perpétua assistência (cf. Mt 28, 20). Será lÃcito acusar de negligência Jesus e seu Santo EspÃrito? Pergunta-se: quem errou – Jesus ou Lutero e o protestantismo?
4. Fé e obras
“4. NÃO SOU UM CATÓLICO ROMANO, porque as Sagradas Escrituras nos ensinam repetidas vezes que a salvação é pela graça e exclusivamente por meio da fé (Jo 1, 12; 3, 15-16; 36; 5, 24; 6, 28-29, 39-40, 47; 11, 25-26; 20, 31; At 10, 43; 13, 39; 15, 11; 16, 31; Rm 1, 16-17; 3, 22-26, 28, 30; Rm 4, 5-8; 5, 1-2; 5, 15-21; 6, 23; 10, 10-11; 1Cor 1, 21; Gl 2, 16; Gl 3, 8; 11; Fp 3, 9; Ef 1, 6-7, 13-14; 2, 8-9; 2Tm 1, 9; 3, 15; 1Pd 2, 6; 1Jo 5, 13; Ap 21, 6; 22, 17) e que as boas obras apenas evidenciam a fé salvÃfica (Gl 5, 6; 22-23; Tt 2, 14; 3, 8; Tg 2, 18; Ef 2, 10), sendo consequência e não causa de salvação. Além disso, as Sagradas Escrituras encerram dentro de uma impossibilidade a hipótese estapafúrdia de que a salvação poderia vir em parte pela graça e em parte pelas obras – como desejaria o Romanismo -, pois o apóstolo Paulo afirma que “Se é pela graça, já não é pelas obras do contrário, a graça já não é graça” (Rm 11, 6; compare com Ef 2, 9; Tt 3, 5-7).
Na tentativa de amenizar a contradição existente entre a doutrina bÃblica e a teologia papista, os católicos romanos, mediante uma interpretação débil e que despreza a exegese bÃblica, normalmente citam Tg 2, 18-26 em contraposição a Rm 3-5, como se a verdade das Sagradas Escrituras fosse auto-refutante. Porém, eles é que estão equivocados em sua deturpação (2Pd 3, 16) por omitirem o fato de que o apóstolo Paulo está se referindo unicamente à justificação diante de Deus (ver Gl 3, 11), enquanto o apóstolo Tiago está se referindo à justificação diante dos homens (cf. Tg 2, 18: “…mostra-me a tia fé… te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”), cujo significado é vindicar e na qual as obras testificam diante dos homens a existência da fé verdadeira (cf. Tg 2, 14-18), sendo [meramente] frutos da mesma – algo coerente com as demais Escrituras (cf. Ef 2, 10 Gl 5, 6)”.
Não se pode ler São Paulo sem ler também São Tiago
São Paulo tem em vista a entrada na graça ou a passagem do estado de pecado para o de amigo de Deus; é o que se chama “justificação”, fazer justo, amigo de Deus. Isto ocorre gratuitamente, sem que o homem o mereça por suas obras boas.
São Tiago considera uma comunidade que foi justificada e tem fé, mas é inerte, não praticando os ditames que a fé recomenda; esses cristãos têm uma fé morta, como a do demônio, que crê, mas estremece, porque a sua fé sem obras correspondentes não o salva. Por conseguinte. São Tiago exige boas obras da parte dos crentes não apenas como manifestação da fé, mas como o necessário desabrochamento da fé.
Com outras palavras: São Paulo tem em mira a entrada na vida cristã, ao passo que São Tiago visa a perseverança na mesma. Distingam-se uma da outra justificação e salvação. Alguém pode ser justificado, mas não será salvo se não perseverar na graça recebida ou se na última hora não estiver na graça de Deus que frutifica em boas obras.
Como se vê, as boas obras não são efetuadas independentemente da graça divina, mas são o efeito desta, de tal modo que S. Agostinho podia dizer: “Deus em nós coroa os seus méritos”.
5. Cristo e os Santos
“5. MÃO SOU UM CATÓLICO ROMANO, porque as Sagradas Escrituras enfatizam que apenas o Soberano e Eterno Senhor – que não divide a Sua glória (Is 42, 8; 48, 11: ‘A minha glória não darei a outrem’) – deve ser cultuado. O Senhor Jesus Cristo disse e está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto’ (Mt 4, 10 e Lc 4, 8; veja também Ap 4, 11; 5, 12; 14, 7; 19, 10; 22, 9; 1Cr 16, 29; Sl 96, 9). Perante estas palavras do Senhor e tal ensinamento bÃblico referente ao culto exclusivo a Deus, que os cristãos bÃblicos preservam e devem preservar, certamente eu jamais poderia concordar com a Mariolatria (devidamente refutada por Jesus em Lc 11, 27-28; veja também Mt 12, 48-50; Mc 3, 33-35) e o culto aos santos, o qual foi recusado até mesmo pelos apóstolos (At 3, 12ss; 10, 25-26; 14, 14-15)”.
É certo que Deus Eterno e Absoluto não pode tolerar outro Eterno e Absoluto ao seu lado; isto seria ilógico. Mas Ele pode – e quer – dar à s suas criaturas a graça de ser carnais ou instrumentos da sua ação santificadora; tais são os Santos; por sua intercessão junto ao Pai colaboram com Cristo na salvação dos irmãos, sem diminuir de modo algum a grandeza do ministério de Cristo Sacerdote. Esta verdade pode ser ilustrada pela imagem do professor, que não guarda egoisticamente o seu saber, mas o comunica aos discÃpulos; assim tem origem muitos sábios sem que o professor perca algo da sua sabedoria. Tal gesto não empobrece, mas, ao contrário, nobilita o professor – Ora algo de análogo se dá com Cristo e os Santos. Estes são venerados e não adorados, como venerados são pai e mãe, como venerado (não adorado) é Tiradentes no dia 21 de abril.
De resto, já os judeus no Antigo Testamento tinham consciência de que os justos no além intercedem por seus irmãos militantes na terra; cf. 2Mc 15, 12-15. É de notar que Lutero, adotando o catálogo bÃblico de Jâmnia, retirou da BÃblia, entre outros, os dois livros dos Macabeus.
Em Lc 11, 27 Maria SSma. Não é excluÃda da bem-aventurança proclamada por Jesus, mas incluÃdo porque ouviu a Palavra de Deus e a pôs em prática por excelência.
6. As imagens
“6. NÃO SOU UM CATÓLICO ROMANO, porque as Sagradas Escrituras ensinam de uma forma evidente acerca da proibição divina no que tange ao culto prestado à s imagens”.
Já se tem abordado frequentemente este assunto. A BÃblia proÃbe as imagens feitas para a adoração ou idolatria; cf. Ex 20, 4-6. Não as proÃbe, porém, quando servem ao fiel para se elevar até as realidades transcendentais, passando do visÃvel ao InvisÃvel, de acordo com a Ãndole própria do psiquismo humano. Tenham-se em vista os numerosos querubins que o próprio Javé mandou esculpir no Templo de Salomão; cf. 1Rs 6, 29.
7. Fora da Igreja não há salvação
“7. NÃO SOU UM CATÓLICO ROMANO, porque, sabendo que a Palavra de Deus não nos diz que é necessário ser um católico romano para ser salvo (Jo 3, 16-18, 36; 10, 1-11, 27-30; 14, 6; At 16, 31; Rm 10, 9; 1Jo 4, 9; 5, 12). Eu jamais poderia aceitar a pretensão romanista expressa na afirmação de que não há salvação fora da Igreja Católica Romana. Na realidade, quem acrescenta este tipo de condição espúria para a salvação do pecador está pregando um outro Evangelho, ao qual devemos rejeitar (Sl 1, 8)”.
Quem é de Cristo, é também da Igreja de Cristo; não há Cabeça sem corpo, não há tronco de videira sem ramos. O Cristianismo é vivido em comunidade.
Dentre as muitas “Igrejas” cristãs hoje existentes só uma foi fundada diretamente por Cristo, com a promessa da assistência indefectÃvel do Fundador: a Católica, confiada a Pedro e seus sucessores. Esta conserva a sucessão apostólica fiel ao seu primaz, o sacerdócio válido e a Eucaristia.
A pertença à Igreja de Cristo pode ser visÃvel ou invisÃvel. É visÃvel, quando os fiéis professam o mesmo Credo, recebem os mesmos sacramentos e obedecem à mesma hierarquia, como se dá no caso dos católicos praticantes. – A pertença invisÃvel ocorre quando alguém professa e vivencia candidamente um Credo errôneo, acreditando que é o verdadeiro. Deus não revela a fé cristã, mas faz-se presente a tal pessoa mediante a voz da consciência sincera; quem segue fielmente a sua consciência sincera, segue a Deus e pertence invisivelmente à Igreja de Cristo. Quantos são os que assim vivem, só Deus o sabe.
É neste sentido que os católicos entendem o axioma: “Fora da Igreja Católica não há salvação”.
8. O Purgatório
“8. NÃO SOU UM CATÓLICO ROMANO, porque as Sagradas Escrituras testemunham acerca da eficácia do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é capaz de nos purificar de ‘todo pecado’ (cf. 1Jo 1, 7). A doutrina bÃblica enfatiza que, mediante seu sacrifÃcio vicário, Jesus Cristo a si mesmo se deu por nós, a fim de ‘remir-nos de toda a iniquidade’ (Tt 2, 14; cf. Hb 9, 28; 10, 14; 1Jo3, 5). Tendo sido transpassado pelas nossas transgressões, e moÃdo pelas nossas iniquidades, ao levar sobre si o castigo que nos era devido (Is 53, 5; 1Pd 2, 24 compare com Mt 1, 21; Lc 1, 77; 2Cor 5, 20-21; Jo 1, 29). Por isso, creio que nossos irmãos – aqueles que já estão gozando da presença do Senhor – não estão no céu por terem sido purificados pelo fogo de um suposto purgatório, como supõe os católicos romanos”.
Jesus Cristo, por sua Paixão, morte e ressurreição, nos mereceu o ingresso na vida eterna. Todavia Ele não impõe a salvação; espera, antes, que a criatura a aceite livremente. Esta aceitação tem por termo final a visão de Deus face-a-face. Ora, para chegar a tal termo, requer-se que a criatura elimine da sua alma todo resquÃcio de pecado, pois qualquer sombra de pecado é incompatÃvel com a santidade de Deus… Daà a necessidade que incumbe a cada cristão de eliminar do seu coração toda desordem que nele fica mesmo depois de perdoado o pecado; têm que desaparecer as raÃzes da impaciência, da maledicência, da preguiça… Esta purificação se faz ou na vida presente mediante a ascese vigilante ou na vida póstuma (no purgatório).
Dir-se-á: mas Cristo já não satisfez por nós, obtendo-nos o perdão dos pecados? – Respondemos que Cristo já nos obteve o perdão, que é dado a quem o pede sinceramente; mas o perdão no foro religioso difere do perdão no foro civil. Neste, quando o juiz declara absolvido o réu, o indivÃduo absolvido não deve mais nada à Justiça; continuará sua vida portador das mesmas paixões que o levaram ao crime. No foro religioso o perdão implica o total apagamento das raÃzes do pecado perdoado,… apagamento que fica a cargo da pessoa absolvida porque a visão de Deus face-a-face o exige. Com outras palavras: o perdão de Deus exige uma renovação ontológica e não fica apenas no foro jurÃdico.
O purgatório não é um lugar de fogo ardente, mas é um estado de alma, em que o indivÃduo se arrepende radicalmente de qualquer desordem cometida no seu relacionamento com Deus. A crença na existência desse estado já era professada pelo povo judeu, do qual passou para os cristãos; ver 2Mc 12, 38-45. Lutero rejeitou tal livro, que se encontrava na BÃblia tradicional.
Conclusão
O panfleto em fico apresenta 19 outras razões para não ser católico; são quase todas iguais entre si e baseiam-se na pretensão de que o protestante segue somente a BÃblia; aceita unicamente argumentos bÃblicos para dirimir dúvidas ocorrentes. Peça-se-lhe então que responda pela BÃblia uma questão fundamental de criteriologia: onde é que a BÃblia responde à pergunta: os livros sagrados são 66 (como dizem os protestantes) ou 73 (como dizem os católicos)? Onde é que a BÃblia define o seu catálogo?
Caso não possa responder pela BÃblia, reconheça o irmão que está enganado e deixe de formular objeções contra os católicos “somente a partir da BÃblia”.
OI Julio
Nao publiquei seu comentário, por uma questao de espaço. Tambem nao entendi o que todo este material sobre a Inquisição e ser católico tem a ver com meu artigo. Me desculpe a falta. Normalmente publicamos tudo, porque gostamos do debate.
Parabéns ao “Vagner – 17 de março de 2010” que escreveu acertado e principalmente, pouco.
Cara Bráulia Ribeiro, minha parente entre tantos. Là sua matéria. Vc escreve bem, sem dúvida (começam aqui meus julgamentos). Amada Bráulia, vejo com olhos crÃticos a tudo como alguém que se julga um deus. Eu disse deus e não Deus. Busco o caminho da perfeição. Já o encontrei, me encontro nele, porém, longe ainda de ser perfeito. Dentro deste caminho vejo tudo com muita simplicidade. É simples chegar à perfeição, só não é fácil. Confirmando, é muuuuuuuiiiito difÃcil. É como nadar contra as correntezas. Desistir é o caminho que vc sempre vê. Um caminho largo, bonito, cheio de motivos para vc achar que vc mesmo seja a última coca-cola do deserto.
Por muito tempo achava eu que ajudar à s pessoas, seja evangelizando à maneira tradicional, levando coisas onde falta coisas; dando coisas à quem precisa de coisas; levando palavra à quem quer só a palavra, enfim… concluà que não. Evangelizar melhor seria levar técnica para que pessoas pudessem usá-la naquilo que elas precisassem para atingir a perfeição. Afinal, um perfeito não precisaria de mais nada. Como perfeito ele já teria tudo. Então eu teria alcançado meu objetivo, o de fazer mais um perfeito. Assim, fazendo um perfeito que fosse, eu teria meu lugar garantido na perfeição. Seria aceito como um Perfeito. Evangelizar, para mim, seria passar aos outros técnicas usadas por mim e que me dão resultados no sentido daquilo que busco, que seria a Perfeição. As técnicas me levam a um trabalho árduo, o de fazer de mim um Ser perfeito. Como já fora dito por aà que eu teria sido criado à imagem e semelhança de Deus, então eu tenho que provar isso a mim mesmo. Para chegar a ser um Deus eu tenho que fazer tudo da forma de Deus, perfeito. Como vc mesma diz no texto ” Por toda a BÃblia, observamos que Deus exige que as pessoas fujam do pecado e vivam uma vida reta diante dEle” , assim que tenho que ser para chegar à Ele. Daà um fato contundente de que eu ainda não cheguei à perfeição. Và no seu texto “Culto disto, culto daquilo, …” e já a estou julgando a vc como uma crÃtica que busca derrotar à queles que, errado ou não, buscam ajudar à mais pessoas da única forma que sabem. Todos que julgam são assim, inclusive este insignificante crÃtico que aqui lhe escreve. Và ainda, “…uma espécie de jesuÃtas à s avessas…” , cara, como é fácil escrever criticando aquilo que temos dentro, temos aquilo que vemos nos outros, a raça toda somos assim. Isso aà é chover no molhado prá mim que vejo dessa forma. Evolua, cresça, assim vc também verá pessoas que criticam como vc no patamar em que estão, mas evolua. Cara Bráulia, minha parente longe, tenho aqui tema para escrever muito mais, mas vai aà apenas um conselho: Evolua. Peça a seus Pais Internos (entenda por Deus) iluminação nas suas orações e muita eliminação dos seus defeitos psicológicos. Só eliminando nossos defeitos psicológicos conseguiremos a tão buscada perfeição através da nossa Consciência que só irá elevando à cada petição: “Mãe minha, Mãe Divina, elimine de mim estes defeitos psicológicos, pulverize-os” . Isso deve ser feito a cada vez que observemos as manifestações destes egos que são imperfeitos”. “Conhece a ti e conhecerás Deus e o Universo”.Bom trabalho.Edson Ribeiro
Edson Ribeiro, vc é uma pessoa que escreve muito bem, seu texto é de alto nÃvel, {não tão quanto o da pessoa a quem vc atribui “defeitos psicológicos” (olha que eu estou sendo imparcial)}. Mas seria muito mais proveitoso se vc, ao invéz de ensinar resinhas (me refiro a essa – “Mãe minha, Mãe Divina, elimine de mim estes defeitos psicológicos, pulverize-osâ€) apresente defeitos reais e soluções para os mesmos. A bÃblia diz em Provérbios 15, Vers. 4: Uma lÃngua saudável é árvore de vida, mas a perversidade nela quebranta o espÃrito. Acho que se nós dois (estou me incluindo para não parecer ofencivo) orarmos e estudarmos anos e anos a fio com perseverança, pedindo a DEUS sabedoria, (e ELE nos ouvir, claro…) poderemos pelo menos formular uma crÃtica decente a uma pessoa com tamanha capacidade intelectual. DEUS te ilumine… Um abraço…
Helynho
QUE essa obra possa crescer a cada DIA e QUE deus possa os abençoa grandemente
olá Bráulia,
Fui católica até meus 16 anos. Em 2007 fui para a igreja Batista de onde sou membro até hj. Infelizmente a religião nos separa, mas a fé pode nos unir. Qdo. se vem do catolicismo como eu e vc, a visão é outra. o amor,a compaixão e o reconhecimento de que aquelas pessoas estão lá buscando Deus,como nós um dia estivemos nos faz respeitar e querermos estar próximos a eles. De fato, um dia cada um prestará contas de si mesmo, mas certamente como dizem alguns,no céu haverá muitas surpresas… conte comigo neste idealismo movido pela fé e o amor…abraços, tatiana barreto
ola braulia..
sou pastor na espanha e jornalista…
to escrevendo pra revista IGREJA sobre a influencia atual da igreja evangélica na sociedade brasileira e qual o futuro que podemos esperar…
vc me passa um email ou msn pra gente se falar?
abs forte
Oi Pr. Daniel, nao sei se vc ja viu meu email, mas é braulia@gmail.com. Se vc me escrever por ele, poderemos nos comunicar…. Um abraço.
Ola, A Paz
Na verdade, sou de Salvador Ba. Quero fazer um curso ou um treinamento missionário aonde o Sr mandar, em qualquer outro estado de preferencia Sta Catarina;se eu não me engano aonde fica Comburiu, uma cidade que só tem Crente não é verdade?!
Bem gostaria de saber Preço, Tempo,(um mês dois um ano ou mais) enfim saber informaçoes, amém? Espero respostas urgente Atenciosamente. Agda Martins
Ó quão bom e agradável que os irmãos vivam em união, é como o óleo precioso sobre a cabeça o qual desce para a barba de Arão! aleluias…. O Senhor reina na Unidade do Seu povo e ordena a Sua benção e a vida para sempre!
Numa tarde de grandes conflitos internos eu encontrei vcs.
Me elegi vice-prefeita da minha cidade, q escolhi para viver e amar, encontro dilemas de q forma verdadeira viverei a minha fe frente a tantos desafios .
Parece simples mais nao e …recebi um ingenuo convite para ir a uma missa ,e me perguntava conflitada ‘deverei ir”
Depois de ler este blog me senti confiante da real missao q tenho q nao me impede de ir onde quer q seja!
Obrigado
Creio piamente que muitos de nós: Evangélicos, Católicos, Espiritas e diversos outros que professam sua fé, precisamos ter encontros diários com a verdade que Jesus ensinou, precisamos a cada dia sermos confrontados com a verdade que liberta e não que massageia nosso ego.
Recentemente li o livro: POR ESTA CRUZ TE MATAREI, que conta a bela história do Jovem Missionário Bruce Olson, recomendo, é um belo exemplo de vida, que faria com que “aproveitadores religiosos”, pensem e repensem sobre o que verdadeiramente é amar a Deus sobre todas as coisas
Deus abençoe a todos,
São Paulo, Março de 2010
” (…) Naquela hora acreditei que existe uma reconciliação possÃvel. Acreditei que o Corpo é um, e que um dia cada um vai prestar conta de suas próprias idolatrias. Para alguns de nós, o dinheiro, grandes templos, nomes, tÃtulos. Para outros imagens, Marias, santos de todos os nomes e cores.
” (…) SaÃmos apertando a mão sólida do dom, que nesta hora não foi o Dom, mas um dom de Deus…”
Que lindo o texto! E que confortante é o ‘revigorar ‘ de esperança que ele nos traz ..
lindo, lindo, lindo.. fiquei emocionada. Parabéns, que Deus continue ampliando mais e mais a sua, e a nossa visão..
Se ao vivo, gostaria de te dar um abraço.. então, sinta-se abraçada rs :)
Concordo com Elianderson,
Nosso mal, é querer se sentir superior, achar que apenas nós somos os certos.
Esquecemos de olhar para as nossas vidas e ver o quanto erramos, o quanto somos egoÃstas.
Quantas vezes julgamos aquele povo, por eles acharem que apenas eles são escolhidos (Israel), sendo que, muitas as vezes fazemos igual ou pior que eles.
Amo a maneira qua a Braulia em seus textos mostra luz a pontos tão obscuros muitas vezes para nós…grande mulher, escritora, gerreira, missionária e pensadora! Louvo a Deus por sua vida!
Bráulia…
Li o seu livro, nossa, esse livro me ajudou muito, mas confesso que ainda preciso de muita ajuda para saber o que vou fazer da minha vida.
Tenho um chamado missionário, toco no louvor da igreja, amo trabalhar com crianças, adolescentes e jovens, gosto muito da Jucum, tenho amizade com o Marco Faria da Vila do Louvor de Piratininga-SP. Mas algo queima em meu coração para fazer a obra, fico aflito as vezes por ficar pensando aonde Deus irá me colocar, mas sei que Ele ja tem tudo planejado.
Gostaria muito de ter contato com a você, se é que me permite chamá-la de você! Preciso muito mesmo de alguns conselhos de alguem que se arriscou na mata com mais 2 pessos a procura de Ãndios ainda selvagens! Admiro muito a coragem, e o chamado que Deus colocu em seu coração!
Desde ja agradeço! Deus continue a te abençoar o teu ministério e tua famÃlia!
gostei do comentario missionaria, sou evangelica e gostaria de participar da jocum, do curso de missoes. Podem me enviar algum informativo. vania
Deus é magnifico ! Sou tremendamente tocado com os textos de Braulia Ribeiro, tenho sido chamado a uma experiencia mais profunda com o Pai, não conhecia o Jocum, tenho uma amiga que esta na base de BH. Deus tem alargado minha visão do que é ser cristão, estes textos tem uma exposição clara e vai além da minha visão de igreja e comunidade local e sou levado a uma reflexão profunda algo que eu a muito buscava mais não sabia sequer expressar orem para que Deus envie a mim tambem pois sei no intimo do meu ser que somente assim encontrarei o proposito de minha existencia.
Abraço em Cristo !
Fabio Cps- SP
Missionária te Parabenizo, pela sua unção de ousadia.
é disso que precisamos, reforçar nossas alianças, colocando de lado as diferenças pois nosso alvo é Cristo.
que Deus continue te abençoando e te dando muita força.
Olá gente, sou de Cruzeiro SP estou tentando pela internet encontrar os formularios pra ETED de Porto Velho mas não estou encontrando… como faço?
Pretendo ir no proximo ano já… me responde por favor! Obrigado!!
Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo implica em refletir no fato de que como “cristãos†temos a necessidade de um relacionamento em forma de cruz, horizontal (homem x homem) e vertical (homem x Deus), e estes, recÃprocos, pois Deus, desde que formou o homem do pó da terra, insiste em manter firme o desejo de se relacionar conosco. Se o próprio Deus, criador, poderoso, digno de honra, glória, através do modelo encarnacional, habitou entre nós, viveu como um de nós, sofreu como um de nós, suportou de forma sobre-humana o peso de nossas faltas, e isso, sem ter dÃvida alguma para ter de pagá-la daquela forma. O próprio Deus se humilhou, quem somos nós, que usando uma nomenclatura a qual sem fazer jus, como juÃzes, ditamos regras de forma que determinamos em ordem expressa e condenável a separação como quem separa joio do trigo por conta própria? Porque, segundo a bÃblia é Deus quem fará tal separação, não nós.
Se realmente queremos representar a Igreja do Senhor aqui na terra, devemos atentar para princÃpios bÃblicos cruciais e colocar em prática o que Tiago diz: Sejamos praticantes da palavra, não só ouvintes, e eu mesmo acrescento, não sejamos juÃzes do nosso próximo.
Sem um bom relacionamento interpessoal, ou institucional (se é que posso dizer… levando em consideração que há pessoas e instituições religiosas, denominacionais ou não, até ONGs que desejam representar o Reino) é impossÃvel haver um relacionamento pessoal com Deus. Não há possibilidade de amar a Ele sem amar ao próximo. Como podemos dizer que amamos a Deus que não vemos, se somos intolerantes com pessoas, ou instituições que podemos ver? Não devemos ser coniventes com erros, mas devemos olhar para nós mesmos, que como homens falhos erramos e assim mesmo o Senhor insiste em acreditar, e credibilitar. Precisamos arrepender-nos do pecado de querermos agir no lugar de Deus.
Através do amor seremos reconhecidos como discÃpulos de Jesus, como sua Igreja amada. Nossa consideração ao próximo deve ser maior que a diferença que nos separa. Jesus é nosso exemplo, Ele amou ao mundo, Ele nos amou primeiro. A Ele toda Glória. Inimizade jamais!
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a lÃngua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.†– Filipenses 2:5-11 –
QUANDO LEIO ESSE ARTIGO DA BRAULIA É VER QUE TODOS ERRARAM SEJAM PROTESTANTES OU CATOLICOS, E PENSO SEMPRE QUE SE A IGREJA NO TEMPO DE LUTERO NÃO O TIVESE O DESCOMUGADO E TIVESE VISTO E ENTENDIDO O AVISO QUE O PROPRIO SENHOR ESTAVA NOS RESTAURANDO PARA ALGO MAIOR CREIO QUE A HISTORIA SERIA MUITO DIFERNTE. COMO TAMBEM OS IRMÃOS PENTECOSTAIS QUE TIVERAM DE DEUS UMA RELAÇÃO E EM VEZ DOS “TRADICIONAIS†VEREM ISSO TAMBEM COMO DEUS NOS MOSTRANDO ALGO SO SEU ESPIRITO QUE TINHA SIDO PERDIDO PELOS TEMPOS TUDO SERIA DIFERENTE. O QUE ACRETIDO É QUE TEMOS UM SO CORPO, UM SO SENHOR, UMA SO IGREJA E UM SÓ POVO REMIDO PELO SANGUE DO CORDEIRO. NÃO SOU ECUMENICO E ME DESCUPE QUE É SO EXISTE UM SO CAMINHO, UM SÓ SENHOR E UM ÚNICO DEUS. E É ISSO QUE ELE VEM NOS FALANDO POR TODO ESSE TEMPO.
QUE DEUS OS ABENÇOE.
PEDRO HENRIQUE-PE
è para vcs conhecerem a historia que a jocum ajudou a fazer a historia,
http://www.agenciaminas.mg.gov.br/detalhe_noticia.php?cod_noticia=27779
Como é que eu faço para participara da JOCUM?
Achei muito legal esse trabalho que vocês fazem e queria participar. No momento não posso sair de minha casa, mas assim que terminar o ensino médio quero ir para o campo missionário pregar a Palavra de Deus.
Gostaria de participar de acampamento e eventos aqui em minha cidade de São José dos Campos. Obrigada!!!
Mayara Stephanie, 14 anos.
Ouvi falar da missionária Bráulia pelos missionários da missão BASE aqui nno Rio de Janeiro que, por saberem da minha “loucura” e da minha paixão pela lingüÃstica, pelas artes, pelas letras, me disseram que eu deveria conhecê-la. Acabei de ler “Chamado Radical” e vim correndo pra net saber mais sobre a JOCUM, achei esse blog e, caraca, glória a Deus!
Faço minhas as palavras do Elianderson e peço que Deus tenha misericódia de nós. O mais graciosamente louco é que eu sei que Ele tem…e muita!
A Importância da Santidade na Equipe de Louvor
Introdução
Talvez este seja um assunto pouco lido e pouco estudado entre muitos músicos e cantores cristãos: a importância da santidade. Percebemos que muitos lÃderes de música e pastores, por alguma razão, não têm dado devida atenção a este problema. Talvez isto aconteça por falta de músicos, por politicagem, ou por muitos outros motivos que não vêm ao caso, mas que têm permitido pessoas que não vivem a santidade subir no palco para ministrar à igreja. Muitas vezes, os próprios levitas não têm se preocupado com isto.
Ilustração
Costumo comparar a importância da santidade de uma equipe de louvor com um sistema de encanamento. É importante saber que para um sistema de encanamento funcionar corretamente, os canos devem estar livres de sujeira, devem estar desobstruÃdos. Se ocorrer o contrário, podem ocorrer vazamentos, quebra de canos, e toda a água pode perder-se. Sendo assim, o lugar de destino se tornará seco pela falta de água. Ambos, os canos e o lugar de destino sairiam prejudicados, devido a este problema de entupimento.
Significado
Se formos passar esta ilustração para a realidade, podemos entender que os levitas são os canos, Deus é a fonte, a água constitui as bênçãos e a igreja é o lugar de destino da água. Os levitas são os canos que ligam a fonte (Deus) ao lugar de destino (igreja). Os canos servem para levar água ao lugar de destino, assim como os levitas servem para ligar Deus à Igreja no perÃodo de louvor, trazendo ministração, revelações de Deus, bênçãos de toda sorte, alegria, júbilo, paz, amor, perdão, comunhão, etc. Mas para este sistema funcionar corretamente, os canos não podem estar sujos, os levitas não devem estar em pecado, senão as bênçãos poderão se perder pelo caminho. A fonte (Deus) está sempre disponÃvel para nos enviar água, mas nós devemos trabalhar em comunhão com ela, mantendo os canos sempre limpos (santidade). Se ocorrer o contrário, o lugar de destino ficará seco (a igreja não receberá o que Deus preparou para ela naquela ocasião).
Você entendeu a ilustração acima? Você percebe a importância da santidade de cada pessoa de um grupo de louvor? Por toda a BÃblia, observamos que Deus exige que as pessoas fujam do pecado e vivam uma vida reta diante dEle. Se estivermos em pecado nossa comunicação com Deus estará obstruÃda e não poderemos ministrar aos outros irmãos numa situação destas. Se a nossa vida não sustentar a música que cantamos, certamente a igreja nos acusará: “Ele prega uma coisa mas vive outra!”. Sem contar que o pecado pode trazer consciência pesada, desânimo, tristeza, etc.
Conclusão
É por esta razão que eu sempre aconselho os grupos de louvor a se reunirem antes do inÃcio de cada reunião. Neste perÃodo deve-se buscar, antes de mais nada, a santidade, o perdão dos pecados que cada um cometeu. Cada levita deve estar arrependido para que Deus possa limpar o coração de cada um. Aà sim, os canos estarão limpos para que a água flua livremente do trono de Deus para a igreja. Meus amados irmãos, levem o seu grupo de louvor a buscar e viver uma vida de comunhão perante Deus. Sejam instrumentos nas mãos de Deus para levar santidade aonde não há, visto que é essencial estarmos limpos para que a igreja receba, através de nós, aquilo que Deus deseja dar.
Parabéns aos responsáveis pelo maravilhoso e abençoado conteúdo deste blog!!!
Um abraço fraternal e continuem na abundante Graça!!!
Fico pensando em como é difÃcil trazer a luz a um católico
sobre a questão da idolatria das imagens. Parece tão simples
pra gente entender isso e não compreendemos como eles não
entendem algo tão simples.
Dai eu penso o quanto é difÃcil pra os evangélicos identificarem
as suas idolatrias (dinheiro, templos, cargos, tÃtulos, etc.) e
perceberem que não são, em nada, maiores do que os católicos.
Em tempos assim, dá até vergonha dizer ser evangélico. É
melhor ser cristão e apenas isso. Ou melhor, é melhor ser
plenamente cristão, no verdadeiro sentido da palavra.
sou um religioso católico romano e apaixonado pela união dos cristãos e pela restauração das raizes judaicas da Igreja cristã.Este artigo acima é profundamente belo e nos mostra que o EspÃrito Santo esta suscitando algo maravilhoso em nossos dias!!!!Algo que vai além e muito além da nossa razão humana. Deus que nos levar a uma união que não é uniformidade institucional como pensam alguns defensores de um falso ecumenismo.Mas a uma união no amor, pois o amor quebra barreiras e nos faz construtores do Reino de Deus aqui na terra.
Um abraço e parabéns a missionária Braulia por seu trabalho pelos indios e pela união do corpo de Cristo que é maior que qualquer instituição religiosa.
Ir.Erasmo,NJ.vosso irmão no amado Jesus.
Olá,
Parabenizo a querida missionário pelo seu artigo. Fui evangélico por quinze anos, cheguei a ser jocumeiro por 2 destes anos, hoje estou de volta a Igreja Católica Apostólica Romana, sou vocacionado ao sacerdócio (um chamado que acredito ter antes do ventre da minha mãe), e apaixonado pelo ecumenismo. Percebo que no seu artigo você evita esta palavra, e eu imagino que pelo mau uso que fazem da mesma. Acham que ecumenismo é colocar todas religiões dentro de um caldeirão e misturar tudo numa receita de uma nova religião universal mesclando todas as outras. Infelizmente esta imagem é passada pela imprensa e pelos que propagam um falso ecumenismo. Lembro-me de uma novela em que a personagem disse que faria um batismo ecumênico de seu filho, na igreja católica e em seguida numa cerimônica Wicca. Ecumenismo vem de oikos, que quer dizer casa, nos lembra que trata-se de uma busca da unidade de todas que fazem parte de uma mesma famÃlia, ou seja, a famÃlia Cristã.
Fico feliz pela iniciativa da Braulia, num paÃs em que ser protestante significa ser anti-católico e vice-versa.
Fique muito admirado ao encontrar na JOCUM, um braço católico, o KERYGMA TEAM http://www.kteams.org/index.html. Creio que estas ações, e também outras de comunidades católicas como a Caminho Novo (Chemin Neuf – uma comunidade católica com vocação ecumênica – http://www.chemin-neuf.org/), são um sopro de reconciliação do Espirito Santo, e uma resposta a oração de Jesus: “Que eles seja um… Para que o mundo creia…”